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ressaca do mar de rosas

Sol em Libra, Lua-quase-cheia em Peixes. Sol no signo de Vênus, da beleza diplomática, balançando seus pratos ao vento para se equi-librar. Lua no signo de Júpiter, do bon vivant pisciano: sempre sonhando, sempre acordado. Libra é a antíscia de Peixes, e vice-versa. É como se fossem reflexos um do outro, pois têm a mesma quantidade de luz.

Além da luminosidade, os astros que os regem se afinam de outras maneiras. Vênus, a pequena benéfica, é fácil de ser admirada, por ser o objeto celeste mais brilhante depois da Lua. Seu brilho máximo pode ser observado enquanto conversa com o Sol, anunciando o seu raiar na alvorada e antes da sua partida, no ocaso. Júpiter, o grande benéfico, é um planeta corpulento, sinônimo de sorte, também luminoso noite adentro.

Com essa antíscia, a sedução venusiana e o galanteio jupiteriano estão em conjunção: isto é, com os valores potencializados devido às semelhanças de Libra e Peixes. O lado etéreo de Libra, relacionado ao afeto, à cultura e à festinha na sexta-feira, dialoga com a abstração de Peixes, a comunicação não-verbal, o sonho e os vícios. Pessoas que nascem sob a Lua em Peixes são sensíveis, mergulhadas em poesia e vinho. Também são boas dançarinas, seguindo o ritmo do cardume, camuflando-se na multidão.

Mas nem tudo é um mar de rosas. Vinicius (de Moraes), bom exemplo libriano, já cantava: tempo de amor é tempo de dor. Sol e Lua em signos tão ligados à arte não poderiam trazer à superfície notícias sobre outro assunto. Um pouco do martírio pisciano recai sobre os ombros dos artistas em acontecimentos recentes, que envolvem desde os discursos conservadores diante de uma performance com nudez não-erótica (MAM-SP) até a censura disfarçada como encerramento precoce de uma exposição com temática queer/LGBT (Santander Cultural – RS).

A Lua cheia em Áries do dia 5, depois de amanhã, pode ser o momento ideal para quebrar os pratos da balança. Até porque ficar em cima do muro não é uma opção, não pode ser. É preciso descabelar-se.

 

*Imagem: Constelação de Peixes em “A Celestial Atlas”, de Alexander Jamieson, 1822. Disponível em: http://bit.ly/2fNngDu.

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